Cleber Zanchettin, Filipe Calegario e Leandro Almeida, pesquisadores de referência em IA, participam das reportagens que foram ao ar nesta semana no NE2
Os professores e pesquisadores do CIn-UFPE, Cleber Zanchettin, Filipe Calegario e Leandro Almeida, participaram da mais recente série de reportagens especiais da Rede Globo, que tem como tema central a Inteligência Artificial (IA). A produção, narrada pela repórter Mônica Silveira, foi transmitida durante o NE2 e apresentou os benefícios e perigos da IA no cotidiano da população. As reportagens também estão disponíveis integralmente no site da emissora.
“A Inteligência Artificial é uma área da computação que surgiu para automatizar cada vez mais processos ou tarefas feitas por humanos. Existem vários modelos que imitam a nossa capacidade de aprendizado, a nossa inteligência”, explica o professor Leandro. A IA tem se disseminado nos mais diversos setores da sociedade, desde aplicativos de trânsito a casas inteligentes, sendo possível observá-la inclusive em procedimentos médicos e sistemas de segurança.
Uma das aplicações mais conhecidas da Inteligência Artificial é o sistema de recomendações, presente em inúmeras plataformas, como Youtube, Spotify e Google. Ele, muitas vezes, funciona através de algoritmos, que usam aprendizado de máquina e filtragem de conteúdo para criar um perfil genérico do usuário, prevendo seus gostos e preferências. “É uma coisa interessante, mas que também pode ter algumas desvantagens: você só ser servido daquelas recomendações que gosta e perder oportunidades de ver o que não gosta”, aponta o professor Filipe.
Outra maneira de utilizar a IA é através da criação de dados sintéticos a partir de imagens e áudios verdadeiros, que pode ser empregada em estratégias de marketing e dublagem de filmes estrangeiros, por exemplo. O professor Cleber ressalta a necessidade de se tomar cuidado com essa tecnologia, visto que uma de suas aplicações, os deepfakes “pode ser utilizada para gerar versões digitais [de pessoas] fazendo coisas que as pessoas [reais] nunca fizeram”, impulsionando o surgimento de fake news, discursos de ódio e desinformação.
“O cérebro humano é uma fonte de inúmeras possibilidades, [das quais] a máquina ainda não conseguiu chegar perto. A gente ainda consegue produzir muita arte, muito conhecimento, inferir muitas coisas, raciocinar e ir além, e a máquina ainda está imitando essas tarefas em um estágio muito inicial”, conclui Leandro Almeida.
O CIn-UFPE é responsável por grande parte da produção de conhecimento sobre IA no país, inserindo a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) no top 3 das Instituições de Ensino brasileiras com maior número de pesquisas na área, segundo Pesquisa realizada pelo Projeto Câmaras 4.0, em 2023, promovida pelo Centro de Gestão e Estudos Estratégicos, Ciência, Tecnologia e Inovação.
Em novembro de 2022, o Centro foi aprovado no Programa de Institutos Nacionais de Ciência e Tecnologia – INCT do CNPq, o que permitiu a criação do Instituto Nacional de Inteligência Artificial (IAIA) no CIn-UFPE. Há também o CIn.Ai, Instituto para Inteligência Artificial. O CIn também é a sede de dois dos doze Centros de Pesquisa Aplicada em Inteligência Artificial do Brasil, além de possuir diversos grupos de pesquisa voltados para essa tecnologia.
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