Pós-Graduação em Ciência da Computação – UFPE
Defesa de Dissertação de Mestrado Nº 2.114

Aluno: Lidia Perside Gomes Nascimento
Orientador: Prof. Ricardo Bastos Cavalcante Prudêncio
Título: Aprendizagem de Máquina na Engenharia de Software: Uma Abordagem 
Técnica para Análise de Defeitos Escapados
Data: 03/10/2023
Hora/Local: 14h – Virtual – Interessados em assistir entrar em contato com a aluna
Banca Examinadora:
Prof. Alexandre Cabral Mota (UFPE / Centro de Informática)
Profa. Regina Rosa Parente  (IFMA /  Campus Bacabal)
Prof. Ricardo Bastos Cavalcante Prudêncio  (UFPE / Centro de Informática)


RESUMO:

A realização do Testes de Software (TS) é de extrema importância no que diz 
respeito a garantir a qualidade adequada de um software que esteja em 
desenvolvimento. Esse processo, quando bem realizado, tem uma série de 
vantagens como uma boa reputação da empresa de software por parte dos 
usuários finais e a economia de custos com reparos em defeitos. Quando um 
defeito é encontrado, normalmente é aberto um relatório de falhas que 
poderá levar a uma correção no software por parte de desenvolvedores.   
Nessa dissertação, relatórios de falhas recebem a nomenclatura de Change 
Requests (CRs), contendo informações que descrevem o problema encontrado no 
software desde a abertura da CR até a solução da mesma. Grandes empresas, 
de maneira geral, costumam ter um grande número de CRs abertas semanalmente 
e que devem passar pela equipe de testes e/ou desenvolvimento para que 
possam ser inspecionadas e corrigidas de maneira adequada. Este trabalho 
tem como foco a utilização de técnicas de Aprendizado de Máquina (AM) para 
automatizar uma tarefa relevante da triagem de CRs, o processo de Escaped 
Defect Analysis (EDA), no contexto de uma aplicação real da indústria. 
Nessa aplicação, Defeitos Escapados (DE) são bugs ou problemas que deveriam 
ter sido detectados por uma equipe de teste específica, mas que, por alguma 
razão, foram acidentalmente encontradas por uma outra equipe. A ocorrência 
das DEs é considerada arriscada, tendo em vista que costumam estar 
relacionadas a falhas nas atividades de testes. O EDA geralmente é 
realizado de forma manual pela equipe de engenheiros de software, que 
precisam ler todo o conteúdo textual contido em cada CR para identificar se 
é um DE ou não, o que passa a ser desafiador e demorado. Na solução aqui 
abordada, o conteúdo de cada CR é pré-processada por operações textuais e 
são representadas em forma de atributos para que um classificador de AM 
venha a retornar a probabilidade dos rótulos de EDA. Os experimentos 
realizados nesta pesquisa contou com um conjunto de dados de 3767 CRs, que 
foram fornecidos pela empresa parceira (Motorola Mobility Comércio de 
Produtos Eletrônicos Ltda). Diferentes tipos de algoritmos de AM foram 
aplicados para a contrução de classificadores, onde alto valores de AUC 
puderam ser alcançados (costumeiramente maiores que 0,8), nos experimentos 
realizados com validação cruzada. Além disso, os experimentos indicam um 
bom compromisso entre o número de EDs corretamente identificados e o número 
de CRs que devem ser inspecionados na EDA.

Palavras-chave:  Análise de Defeitos Escapados, Change Request, Aprendizado 
de Máquina

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