Equipe criou o projeto SEMEA, que monitora criações de peixes e hortaliças de forma integrada no sertão de Pernambuco
Estudantes do Centro de Informática (CIn) da UFPE conquistaram o prêmio de Melhor Equipe Majoritariamente Feminina no Simpósio Brasileiro de Engenharias de Sistemas Computacionais (SBESC) 2025. O evento ocorreu entre 24 e 27 de novembro de 2025, em Campinas (SP). A equipe composta pelos estudantes Davi Dubeux, Jessyca Ferreira da Silva e Ligia Padilha, criou o projeto SEMEA – Sistema Embarcado de Manutenção do Equilíbrio Aquapônico -, que permite a criação de peixes e cultivo de hortaliças de forma integrada.
O SEMEA é um mecanismo sustentável que trabalha em sistemas de aquaponia, que possibilita a criação de animais aquáticos e plantas aquáticas no mesmo ambiente. A adoção desse sistema é especialmente importante em regiões com recursos hídricos escassos, auxiliando as famílias e reaproveitando a água. O SEMEA foca na otimização desses sistemas e garante um acompanhamento periódico e automatização de processos necessários para a manutenção do equilíbrio simbiótico, mesmo em locais onde a infraestrutura técnica é limitada.
Os estudantes explicam que a ideia surgiu através do contato com a ONG Afetos, que, dentre outras atividades, implementou cinco estações de aquaponia no Sítio Barro Branco, no sertão pernambucano. Essas estações possuem o objetivo de servir como fonte de comida e renda para os moradores locais, mas devido ao difícil acesso à cidade e à falta de técnicos especializados nas proximidades, apenas duas estações funcionam conforme esperado. “Com isso, o SEMEA foi elaborado como uma proposta de realizar o monitoramento remoto das estações, e alertar proprietários, técnicos e membros da ONG de eventuais problemas do sistema, além de usar atuadores para reduzir o número de pontos de falha que venham a prejudicar a estação”, detalham.
A equipe foi a vencedora na modalidade entre as 19 finalistas na final do evento. Os estudantes comemoram o resultado. “Ouvir o resultado da nossa premiação, principalmente num cenário acirrado, nos trouxe uma sensação muito grande de reconhecimento e reafirmação da importância e impacto do SEMEA”, finalizam.
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