Ao se falar em “China”, sabe-se que todos estão com os olhos vidrados na segunda economia do mundo e no que ela pode oferecer. Durante a Missão Empresarial da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de Pernambuco (Fecomércio-PE) ao país asiático, entre 9 e 24 de outubro, tivemos o privilégio de acompanhar de perto a efervescência do acelerado desenvolvimento daquele lugar e realizar os primeiros contatos.
A viagem é longa e cansativa em um total aproximado de 24h de vôo.  Mas o ambiente é exótico e atrativo, de cidades modernas que vivem em harmonia com sua história. Nossa intenção era entender melhor o trabalho desenvolvido nas universidades chinesas e trocar experiências através de parcerias com o Centro de Informática (CIn) da Universidade Federal de Pernambuco (UFPE).
Com o maior número de estudantes de ensino superior do mundo e um plano de educação cada vez mais direcionado para o ensino profissionalizante, a China acredita no progresso como um paralelo entre conhecimento e crescimento econômico. Além do estímulo à formação científica de jovens, a ideia do país é criar condições de trabalho, dando atenção às individualidades dos estudantes, de forma a aproveitar ao máximo a potencialidade de cada um.
Para isso, o investimento na educação básica foi o primeiro passo. Também, em 1998, 39 universidades de alto nível foram criadas e chamadas de Universidades de Elite, e destas, nove são consideradas Centros de Excelência. Em 2010, a pesquisa The World University Rankings apontou as 200 melhores universidades do mundo. E a China já conta com dez na lista, sendo a 21ª a melhor colocação. Esses resultados também têm sido comprovado por outras pesquisas sobre universidades de Excelência.
Outro ponto importante é a aproximação delas com as empresas. Alguns centros buscam soluções tecnológicas de acordo com o mercado e se interessam em fazer articulações com instituições que já vivenciam este ambiente. Isso ficou comprovado em nosso encontro com representantes da Shangai Sciense and Technology Development and Exchang Center, em Guangzhou, a capital da província de Cantão. Assim, na área de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), que nos compete, por exemplo, o país asiático é quem mais exporta tecnologia de ponta, dada sua ênfase na pesquisa e desenvolvimento com inovações, baixo custo e, sobretudo, qualidade, pois aos poucos vai perdendo o estigma de fabricante de produtos inferiores. E, revertendo tal situação, a China vai conquistando o mercado tecnológico mundial sem indícios de interrupção nesse avanço.
Durante a missão, tanto representantes das universidades chinesas quanto do centro de articulador demonstraram interesse em conhecer mais sobre a Lei de Informática no Brasil. Os grupos procuraram entender como se dá a relação entre o investimento de grandes empresas em instituições de pesquisa como o CIn. Para isso, prometeram uma visita ao Brasil e a nossa instituição para ver de perto nossa experiência.
Embora distantes um do outro, a China já é o maior investidor direto no Brasil e o sentido inverso é uma questão que vem se amadurecendo. A internacionalização é uma das metas de crescimento do CIn. Conhecer de perto o modelo chinês de gestão na educação possibilitou mais um aprendizado com esta nação, e uma boa oportunidade de disseminar o trabalho de excelência que vem sendo realizado há 36 anos pelo centro.
Trouxemos na bagagem lições daquele gigante asiático. A proximidade com investidores mundiais e a troca de experiências com algumas empresas e universidades chinesas, além da possibilidade de um elo entre nós, com a realização de cursos, intercâmbios, incubações, dentre tantas outras oportunidades. A expansão do CIn e da UFPE no cenário científico e tecnológico mundial significa para nós o reconhecimento de um trabalho feito com primazia e responsabilidade em um país de tanta diversidade.

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