De acordo com um levantamento feito pelo Portal Pesquisa, da Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), a Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) ocupa a terceira posição do ranking de instituições de ensino superior do país com o maior número de publicações científicas em Inteligência Artificial (IA). Com 394 artigos publicados, a UFPE ficou atrás apenas da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), com 395 e da Universidade de São Paulo (USP) 860 publicações.
Dentre estes 394 trabalhos da UFPE, a maioria é originária do grupo de pesquisas em Inteligência Artificial do Centro de Informática (CIn), o mais antigo grupo de estudos sobre o ramo no país, formado no fim da década de 1970, quando o professor Clylton Galamba, atualmente aposentado, retornou de seu doutorado em Redes Neurais Artificiais, feito na Brunel University, na Inglaterra.
O grupo foi se tornando mais ativo a partir de 1990, quando vários dos alunos, anteriormente orientandos de mestrado do professor Clylton, começaram a retornar do doutorado. De acordo com Clylton, seus alunos foram “heróicos por terem a coragem de apostar todas as fichas em um assunto novo e ainda incipiente” para época. Clylton foi responsável por orientar a professora Teresa Ludermir, que anos mais tarde tornou-se a primeira pesquisadora em Inteligência Artificial do Brasil.
Para Teresa, que atua até hoje como docente do Centro de Informática, os bons resultados da UFPE na área de IA é o reflexo de todo trabalho conjunto realizado pelo grupo que têm se dedicado ao ramo há tanto tempo. O grupo de pesquisa teórica e aplicada em IA do CIn já obteve financiamento de agências de fomento nacionais e internacionais, e diversos projetos relevantes, como o Narizes Neurais, voltado para reconhecimento de padrões em geral e o artigo “A fuzzy hybrid integrated framework for portfolio optimization in private banking”, direcionado ao setor financeiro. Além disso, o grupo é responsável por cerca de 450 mestres e 120 doutores formados na área.
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