Pós-Graduação em Ciência da Computação – UFPE
Defesa de Dissertação de Mestrado Nº 1.982
Aluno: Edmilson Rodrigues do Nascimento Junior
Orientador: Prof. Geber Lisboa Ramalho
Co-orientador: Prof. Cristiano Coêlho de Araújo
Título: A Disciplina “Projetão”: História, papel e relevância para o
Ecossistema de Tecnologia de Informação e Comunicação De Recife
Data: 26/10/2021
Hora/Local: 15h – Virtual – Interessados em assistir entrar em contato com o aluno
Banca Examinadora:
Prof. Sergio Castelo Branco Soares (UFPE / Centro de Informática)
Prof. Pierre Lucena Raboni (UFPE / Departamento de Ciências Administrativas)
Prof. Geber Ramalho Lisboa (UFPE / Centro de Informática)
RESUMO:
A Universidade ser de excelência no ensino e pesquisa é condição
necessária, mas não suficiente para a criação de uma cultura de inovação e
empreendedorismo entre os seus membros e a sociedade. Dessa forma, expandir
a cultura universitária para ser um Locus de ensino e prática sobre
inovação, empreendedorismo e transferência de tecnologia faz-se necessário,
pois a inovação traduz-se em competitividade para empresas e melhoria na
qualidade de vida para os indivíduos. Nesse contexto, nos últimos 18 anos
desenvolveu-se no Centro de Informática da UFPE a disciplina conhecida
popularmente como “Projetão”. A disciplina é reconhecida pelo ecossistema
de TIC de Recife como um sucesso em função de seu papel de fomento à
cultura e aprendizado prático de inovação e empreendedorismo de base
tecnológica, tendo inclusive ajudado a criar diversas startups. Contudo,
até o início desse trabalho, ninguém havia documentado a história ou
estudado a percepção do papel e relevância de Projetão. A presente
dissertação objetiva preencher essas lacunas, analisando o papel e a
relevância de Projetão junto aos ex-alunos e ao ecossistema de TIC de
Recife, e documentando e organizando o histórico de Projetão. Para tanto,
foram aplicados métodos mistos de levantamento de dados: pesquisa
documental, entrevistas com os professores que ensinaram Projetão, surveys
com ex-alunos e entrevistas semi-estruturadas com líderes do ecossistema.
Levantamos que Projetão educou 2135 estudantes, que criaram 22 startups,
dentre as quais destacam-se InLoco, Eventik, Capyba, Prepi e Lovecrypto.
Também, pode-se constatar que a maioria dos respondentes à pesquisa
trabalham com inovação após formados e 16.6% deles tornaram-se
empreendedores profissionais, o dobro da média nacional segundo o
benchmarking da pesquisa da Endeavour (2012). Por fim, essa pesquisa também
contribui, como efeito colateral, com uma reflexão crítica sobre a
disciplina de Projetão, que poderá contribuir com sua melhoria no futuro.
É o caso de algumas observações dos líderes do ecossistema que entendem que
os alunos de Projetão ainda resolvem problemas pouco relevantes e que
poderia haver um foco maior em criar startups com mais maturidade de
mercado, com perfil de fundadores diversos e com um maior diferencial
inovador.
Palavras-chave: Educação para inovação. Ensino da Inovação,.Projetão. Porto
Digital.
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