O protótipo teve como base os estudos em Mineração de Processos e Engenharia de software desenvolvido no Laboratório de Inovação da UFPE
No final de novembro, a Huawei, líder global em soluções de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), promoveu o hackathon Huawei Cloud Spark LATAM. O evento aconteceu no formato híbrido para o público da América Latina e teve como intuito divulgar a plataforma Cloud, instigar mentes criativas a gerar inovação utilizando as ferramentas ofertadas, além de buscar potenciais talentos.
Sob orientação do Professor do CIn e Coordenador do Laboratório V-Lab (Laboratório de Inovação da UFPE, vinculado à Viitra), Ricardo Massa, a equipe participante foi formada pelos alunos André Luiz (Ciência da Computação), Lucas Vinícius (Engenharia da computação), José Danilo (Ciência da Computação), que fazem parte do projeto JuMP – CNJ, desenvolvido no V-Lab, além de José Daniel (Engenharia da Computação) e Douglas Santos (Ciência da Computação) que já passaram pela V-Lab e pertenciam a outros projetos. A escolha dos integrantes teve a intenção de montar uma equipe plural, que cobrisse as diversas expertises necessárias para produzir um protótipo sólido (Back-end, Front-end, design, Bancos de dados, performance, entre outros).
O protótipo desenvolvido, que recebeu o nome de DesPro, tem como propósito o processamento de “dados de eventos”, como logs automatizados, para identificação dos processos que ocorrem naturalmente durante o funcionamento de empresas e organizações. A ferramenta oferece uma visualização fácil e intuitiva desses processos descobertos, tendo como funcionalidade principal a capacidade de destacar os gargalos presentes nos processos, por exemplo:
Que atividades são realizadas mais vezes, de maneira repetida? Quais representam o maior consumo de tempo, em média? Essas são algumas das perguntas que podem ser respondidas por meio de seu uso. A utilização de mineração de processos por organizações têm um potencial de impacto muito grande, fornecendo poderosas ferramentas de suporte à decisão para gestores e administradores. Com a aplicação desenvolvida durante a competição, um gestor poderia identificar:
- Atividades pouco eficientes (tanto em termos de performance como em termos de retrabalho), indicando uma necessidade de automação ou maior atenção da equipe responsável;
- Desvios dos processos desejados, indicando um caminho mais “natural” que a equipe costuma seguir, ou, em contextos mais rígidos, fraudes;
- Pontos centrais de falhas nos recursos que realizam as atividades;
- Quais subconjuntos de recursos representam um ganho de eficiência, quando operando como equipe, e quais representam um atrito;
- Entre outros insights.
Para o aluno André Luiz, o Hackathon foi um momento de aprendizagem. “Geralmente existe algum desafio envolvido nesse tipo de competição: Use apenas determinadas ferramentas (como no nosso caso, que fomos julgados pela quantidade e qualidade das ferramentas Cloud da Huawei que utilizamos); Determinados conjuntos de dados; Crie algo que solucione problemas específicos, ou abranja tópicos de interesse do organizador. Dessa forma, por meio de um ambiente controlado, temos contato com as expectativas de mercado para soluções robustas e úteis, além de ter a chance de trabalhar com tecnologias fora da nossa zona de conforto. Além disso, é um espaço importante para jovens de TI ganharem exposição e formarem suas redes de contatos”, comenta.
André acredita que a conquista representa uma chance de testar as habilidades, competências e a relevância do trabalho que desempenham no V-Lab. “Disputamos o pódio com times nacionais e internacionais. Como a mineração de processos é uma ciência relativamente nova, é muito bom trazer os conceitos para novos públicos, colocá-la no radar. Sobre o resultado, estamos satisfeitos com a posição, porém já iniciamos o processo de reflexão sobre o que poderíamos ter feito melhor ou de maneira diferente, podendo assim ter alcançado um resultado ainda maior, para possivelmente disputar novamente em um evento futuro”, completa.
Sobre a Huawei: A Huawei é líder global em soluções de Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC) e uma das 100 marcas mais valiosas do mundo, de acordo com a Forbes. Com mais de 190 mil funcionários em todo o mundo, a empresa atende mais de um terço da população mundial. Há 22 anos no Brasil, a Huawei é líder no mercado nacional de banda larga fixa e móvel por meio das parcerias estabelecidas com as principais operadoras de telecomunicações.
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