Débora van Pütten Chaves realizou sua passagem pelo CIn-UFPE entre os meses de janeiro e fevereiro de 2024 desenvolvendo conhecimentos científicos
Em 24 de fevereiro de 2024, Débora van Pütten Chaves, aluna do Bacharelado em Ciência e Tecnologia na Ilum Escola de Ciência do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (CNPEM), localizado Campinas, São Paulo, concluiu sua passagem como estagiária supervisionada pelo professor Francisco de Carvalho no Centro de Informática (CIn) da UFPE. A graduanda veio ao Recife através do Programa Aristides Pacheco Leão de Estímulo a Vocações Científicas (PAPL) da Academia Brasileira de Ciências (ABC). O incentivo, patrocinado pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp) permite que estudantes de graduação realizem estágios em instituições de pesquisa, sendo acompanhados por membros titulares da ABC, como o professor Francisco de Carvalho. A vinda da estudante ressalta a relevância do CIn-UFPE como instituição de excelência em pesquisa nacional, sendo o CIn-UFPE o único centro de pesquisa na área de Computação do Nordeste qualificado a participar do programa.
Durante sete semanas, Débora desenvolveu estágio no CIn-UFPE com o tema “Algoritmos de agrupamento fuzzy c-means baseados no kernel Gaussiano com aprendizado automático de parâmetros de largura”, aprofundando seus conhecimentos. “Antes da minha experiência no CIn, o contato que tive com clustering foi bem a caráter introdutório mesmo, conheci algumas técnicas e apliquei algumas das mais simples em projetos que desenvolvi para as disciplinas da faculdade. Aqui o papo já era outro, o objetivo era implementar algoritmos de clusterização, que eu só tinha ouvido falar, e comparar o desempenho deles”, explica.
A graduanda relata que teve uma boa experiência de orientação com o professor Francisco de Carvalho. “O contato que tive com o orientador foi ótimo, ele me explicou muito bem os algoritmos, tirou minhas dúvidas com bastante clareza e foi compreensivo nos momentos em que tive dificuldade, isso faz toda diferença quando estamos tentando desenvolver um projeto de pesquisa na graduação”, enfatiza. O professor do CIn é membro titular da Academia Brasileira de Ciências (ABC) desde 2023 e foi eleito acadêmico da International Artificial Intelligence Industry Alliance (AIIA) em janeiro de 2024, integrando o grupo de acadêmicos de prestígio global ativamente engajados no campo de Inteligência Artificial (IA).
Débora reconhece no CIn um lugar de acolhimento: “fui muito bem tratada e muito bem acolhida por todas as pessoas com quem tive contato aqui no CIn, o professor Francisco, o pessoal do suporte, as funcionárias e os funcionários da recepção, da limpeza e da segurança”. Além disso, ela destaca que “outra coisa bem legal é a estrutura do CIn, os laboratórios são bem equipados e limpos, os prédios são bonitos e toda a infraestrutura é super bem cuidada”.
O período de estágio da estudante no CIn trouxe encorajamento para a construção da sua carreira enquanto cientista: “Pretendo seguir na área científica sim! Essa experiência me ofereceu dois grandes incentivos. O primeiro deles foi ter visto várias meninas aqui no prédio do CIn, em diversos momentos nos quais elas estavam discutindo projetos e atividades que tiveram nas aulas. É sempre muito inspirador ver meninas e mulheres em espaços científicos, especialmente em espaços nos quais não somos maioria. Ver elas aqui me deu mais vontade de continuar”. Já outro incentivo destacado por Débora foi a possibilidade de ampliar horizontes entrando em contato com pesquisas distintas realizadas no CIn-UFPE que possuem relevância social. “É impactante vivenciar as federais influenciando positivamente o cotidiano da sociedade, afinal é para isso e por isso que escolhemos fazer ciência”, ressalta.
Para ela, a bolsa PAPL permitiu uma vivência nova: “conheci uma nova universidade federal, um novo estado, pessoas diferentes. Todas essas experiências são extremamente agregadoras, não só a nível acadêmico, mas a nível pessoal também. Quando a gente é recebida num novo lugar da maneira que fui recebida em Pernambuco, a experiência se torna inesquecível e bonita demais. Fui inspirada por tudo que aconteceu aqui, tanto para continuar na ciência quanto para curtir e conhecer cada vez mais as culturas, as tradições e as realidades do nosso país”.
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