Tem início nesta sexta-feira (14) no Apolo 235 o Hack Grrrl, primeiro hackathon de maioria feminina do ecossistema de Tecnologias de Informação e Comunicação (TICs) do Recife. O evento reunirá até o domingo (16), na forma de maratona, programadores, profissionais ligados ao desenvolvimento de software, designers e empreendedores com o objetivo de desenvolver soluções tecnológicas inovadoras e aplicáveis. A ideia também é incentivar mulheres a participarem de hackathons e criar um ambiente mais inclusivo para que elas possam ter confiança em suas habilidades nas respectivas área de atuação.
 

A competição é organizada pelo Cíntia, grupo de mulheres do Centro de Informática (CIn) da UFPE, e co-realizada pelo Programa MINAS – Mulheres em Inovação Negócios e Artes. Os professores Kiev Gama e Carla Schuenemann do CIn-UFPE, estão acompanhando a organização do evento. O Hack Grrrl conta com o patrocínio do CESAR, CESAR School, GitHub, VTEX e VINTA. Recebendo apoio do CIn-UFPE, HACK-N-JOY, Shawee, Fab Lab Recife, Idux Studio, Livraria Jaqueira, Concrete e Ministério da Ciência, Tecnologias, Inovações e Comunicações do Brasil.

 

Parceria entre mulheres

O Hack Grrrl nasceu das ideias de Lavínia Paganini e Nathalia Lima, graduandas do CIn-UFPE e integrantes do Cíntia. Lavínia estava realizando uma pesquisa na área de diversidade em hackathons e Nathalia planejava criar uma evento para manter as mulheres na área de computação. As duas estavam simultaneamente idealizando um hackathon feminino quando se encontraram em uma mesma programação e resolveram juntar os esforços para criar o Hack Grrrl.
 

De acordo com as criadoras, Hackathons são eventos que possuem pouca diversidade. Em 2014, as mulheres eram 11% dos participantes, não sendo muito diferente do cenário que observamos hoje, por exemplo, no curso de Ciência da Computação, onde apenas 20 dos 210 aprovados para iniciar o curso em 2019 na UFPE eram mulheres. Entretanto, o Hack Grrrl é a prova que existem mulheres interessadas em participar de hackathons. As inscrições na competição superaram as expectativas da organização, atingindo aproximadamente 240 submissões. Desse total, cerca de 80% foram inscrições de mulheres, sendo selecionados 35 participantes entre mulheres e homens.
 

Lavínia e Nathalia entendem como principal motivador do alto número de inscrições justamente o fato do hackathon ser voltado para mulheres, o que diminuiu o medo das participantes de não serem recebidas em um ambiente acolhedor. Elas ainda destacam que o Hack Grrrl é uma espaço de fala para as meninas, onde elas podem ser ouvidas e não ter medo de realizar seus projetos. As organizadoras esperam que esse seja o primeiro evento de muitos em que as pessoas possam crescer, sair com projetos incríveis desenvolvidos em um ambiente construtivo.

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