Alunos de graduação e de pós-graduação dos cursos de Ciência da Computação e Engenharia da Computação do Centro de Informática (CIn) da UFPE apresentam, nesta terça-feira (18) a primeira edição da Exporobótica. A mostra, que será montada no hall principal do centro, a partir das 14h, é composta por projetos que os estudantes realizaram durante a disciplina eletiva Tópicos Avançados em Mídias e Interação, ministrada pela professora Judith Kelner no período letivo 2013.2.
Trazendo como tema “Interação humano-robô”, a Exporobótica apresenta seis projetos relacionados a robótica com aplicações voltadas para a realidade – destacando os elementos interativos das interfaces dos projetos. Confira os trabalhos que serão expostos:
Autobox: “Já imaginou se, para se deslocar da sua casa até um ponto qualquer, fosse preciso apenas apertar um botão?” O projeto permite com que robôs simulem o comportamento de um veículo no trânsito, identificando, através de sensores, as rotas, as sinalizações e os elementos que compõem o tráfego como faixas de pedestres e semáforos. O autobox também reconhece limites de velocidade, além de identificar se há objetos ao seu redor que estejam na via. Trata-se de uma contribuição para o conceito cada vez mais concreto do carro-inteligente. O projeto é de autoria dos alunos de graduação de Ciência da Computação do CIn, Lucas Harada e Fernanda Castro.
BOTicelli: “E se um robô te fizesse uma tattoo?” Voltado para o lado artístico, o projeto BOTicelli traz um braço robótico capaz de desenvolver movimentos “humanos” – entre eles, tatuagens. O experimento pretende abordar, entre outras coisas, as noções de segurança e confiança que envolvem modificações físicas causadas pelos robôs. O BOTicelli foi programado para realizar tatuagens geométricas simples, com referências até ao mundo dos games. Mas os desenhos são removíveis. Quem passar pelo estande do projeto, de autoria dos alunos de mestrado em Ciência da Computação Bianca Ximenes e Ícaro Moreira também pode ganhar uma tatuagem robótica.
KinBOT: “Controle um robô usando um Kinect!” O aluno de Engenharia da Computação Gabriel Bandeira juntamente com a aluna de Engenharia Eletrônica (CTG/UFPE) Michaela França desenvolveram um robô exploratório controlado remotamente através da tecnologia kinect sensor, utilizada nos consoles de video games Xbox que captam movimentos do usuário. O KinBOT pode ser utilizado em atividades inóspitas à presença humana como exploração espacial ou supervisão teleoperada. Controlado sem auxílio de dispositivos físicos, apenas por captação de movimentos, os robôs podem transmitir em uma tela, em tempo real, imagens captadas a distância.
Mente Robô: “Movimente um robô com o seu cérebro”. O projeto Mente Robô é formado por um carro robô construído com a tecnologia Lego Mindstorm NXT 2.0, que permite que o usuário envie comandos direcionais ao dispositivo (frente, atrás, esquerda e direita) através de ondas cerebrais transmitidas por um equipamento chamado Emotiv Epoc. O projeto é feito com a tecnologia BCIs (Brain-Computer Interfaces) e pode ser enquadrado na categoria tecnologia assistiva, capaz, por exemplo, de controlar cadeiras de rodas. A autoria do projeto é dos alunos de pós-graduação em Ciência da Computação Mychellinne Henrique, Hallison Cardoso e Antúlio de Oliveria.
Mimebots: “Venha brincar de mímica com robôs através do seu smarthphone”. O mestrando em Ciência da Computação Leonardo Carvalho se inspirou no famoso jogo Genius, que exige boa memorização de sequência de cores de seus jogadores, para desenvolver o jogo Mimebots. Neste projeto, o usuário deve controlar um braço robótico para que este possa repetir os movimentos de outro braço robótico com rapidez e memorização – tudo isso através de comandos de voz dados a um smartphone de sistema operacional Android.
Movementes: E se pessoas se transformassem em instrumentos musicais? Já imaginou tocar em alguém e ouvir sair dela uma nota musical? O Movementes já. Inserindo uma proposta educacional que une arte e tecnologia, o projeto incentiva na educação infantil atividades lúdicas que possam gerar interesse pelo universo tecnológico. Através de sensores que reproduzem sons pela interação entre as pessoas, o Movementes desperta noções de composição, criação percepção e também de programação. A equipe por trás do projeto é composta pela engenheira Sofia Galvão, pelo designer Kenneth Wei, pelo músico Kássio Almeida e pelo fotógrafo e produtor visual Iuri Brainer.
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