No dia 18 de setembro, o ex-professor do Centro de Informática (CIn) da UFPE Silvio Meira fará a palestra de abertura da 2ª etapa do Seminário Grandes Desafios da Computação no Brasil. Com o título “Grande desafio brasileiro: produtividade. E o que é que ciência, tecnologia e inovação têm a ver com isso?”, a palestra, assim como todo o evento, ocorre no Centro de Ciências Matemáticas e da Natureza, na UFRJ. O Seminário é realizado pela Sociedade Brasileira de Computação (SBC), que tem como presidente o professor do CIn/UFPE Paulo Cunha, e acontecerá tanto no dia 18 como no dia 19. Os desdobramentos do encontro serão discutidos no próximo Congresso da SBC, a ser realizado no CIn/UFPE, entre 20 e 23 de julho de 2015.
Em sua terceira edição, o evento chega à reta final buscando respostas para as perguntas feitas durante a sua “prévia”, realizada no ano passado, em São Paulo. Segundo a coordenadora do seminário, profª Claudia Motta (UFRJ), a primeira parte do evento buscou identificar, nas áreas que mais demandam pesquisa e desenvolvimento em TIC, quais seriam os grandes desafios da computação para os próximos dez anos, e como as universidades e demais instituições de ensino podem desenvolver e aplicar essas novidades em segmentos como bancos, indústria, saúde, educação, petróleo e gás, entre outros.
A fase 2 do Seminário vai promover a chamada de trabalhos e identificar parcerias possíveis ou já existentes entre academia-governo-indústria dentro do contexto dos grandes desafios da computação destacados pela SBC. Também estão previstas rodadas de negócios entre os participantes, a fim de que eles identifiquem interesses em comum e possam dar início a projetos que tragam respostas às perguntas realizadas no ano passado.
Nessa busca por parcerias que deem certo, a participação do Ministério de Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) será essencial. A profª Claudia Motta esclarece que o órgão possui um cadastro de empresas interessadas em aplicar parte de seus recursos em P&D em troca de isenções fiscais. Outro cadastro do mesmo ministério tem a relação das instituições de ensino e pesquisa, institutos e incubadoras autorizadas a receber esses investimentos e desenvolver as soluções por meio da Lei de Informática.
Segundo o texto da lei, instituições de ensino e pesquisa, institutos e incubadoras podem receber até 2,96% do faturamento anual bruto de grandes empresas com a venda de seus produtos que são beneficiados por redução de até 100% de IPI (Imposto sobre Produtos Industrializados). Esse desconto é concedido em troca de investimentos das companhias em pesquisa e desenvolvimento em tecnologia da informação.
“Essa é outra proposta do Seminário: promover a aproximação das empresas, entidades e instituições dos dois cadastros do MCTI para que o desenvolvimento de novas tecnologias possa ocorrer com mais facilidade”, explica a coordenadora do Seminário.
Nesse movimento de trazer as demandas da iniciativa privada para o Seminário, a Associação Brasileira de Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação – Brasscom – terá um papel muito importante. Claudia Motta revela que, ao contrário de encontros anteriores, este seminário está com um perfil mais aberto a estudantes, professores e à própria iniciativa privada consumidora de tecnologia. Inclusive, quem quiser conferir a fase 2 do Seminário não precisa, obrigatoriamente, ter participado das primeiras conversas realizadas no ano passado.
Ao final do Seminário será produzido um relatório que irá apontar as diretrizes das pesquisas em TIC e o possível cenário da computação brasileira para os próximos dez anos. Parte dessas discussões também fará parte da programação do Congresso da SBC, a ser realizado no Recife, entre 20 e 23 de julho de 2015.
Mais informações e inscrições no evento podem ser realizadas pelo site do Seminário Grandes Desafios da Computação no Brasil, no endereçohttp://www. sbcgrandesdesafios.nce.ufrj.br .
Comentários desativados