A busca por ambientes digitais mais acessíveis para pessoas com necessidades especiais foi tema de tese de doutorado do Centro de Informática (CIn) da UFPE. O aluno Antúlio de Oliveira foi autor do trabalho, que teve como objetivo desenvolver um método para facilitar a criação de ambientes computacionais multimodais acessíveis. O aluno foi orientado pelo professor do CIn-UFPE Fernando da Fonseca de Souza, e a tese foi defendida no último dia 4 de agosto.

Intitulado “M^2ALL – Multimodal Methodo Acessibility Layer – Um Método para Uso de Camada de Software Multimodal Adaptativo a Portadores de Necessidades Especiais”, o trabalho foca na elaboração de um processo para otimizar a criação de ambientes computacionais multimodais assistivos.

Segundo Antúlio, esses são ambientes que permitem vários modos de comunicação entre pessoas e computadores, utilizando ferramentas como o uso de recursos de voz, aplicação de gestos em superfícies ou no espaço, emissão de ondas de pensamento, movimentos corporais voluntários, comportamentos cerebrais cognitivos, reações emocionais, entre outras modalidades.

“É uma solução capaz de permitir a elaboração de um ambiente computacional multimodal assistivo de maneira organizada e repetível, por meio de um processo ùnico, para uso eficiente e eficaz de pessoas portadoras de necessidades especiais, facilitando a sua interação com um computador e as colocando em condições de igualdade com as demais pessoas no uso de um sistema de informação”, explicou Antúlio.

A ideia surgiu a partir de estudos anteriores do doutorando que observavam o comportamento de pessoas com necessidades especiais diante do uso de computadores e as possibilidades de aplicar novas interfaces para potencializar esse uso. Segundo Antúlio, “a aplicação do recurso da multimodalidade neste cenário surgiu como consequência natural desses estudos”.

O método já foi aplicado no desenvolvimento de programas. Fez parte do teste para promover acessibilidade em aulas virtuais no ambiente OpenRedu, desenvolvido pelo CCTE, grupo de pesquisa do CIn-UFPE. No teste, a usabilidade do ambiente de aprendizagem foi avaliada de forma positiva pelos alunos com deficiência. “Os resultados demonstraram um ganho significativo desse novo meio em relação ao uso tradicional do teclado e mouse, potencializando como um recurso de Tecnologia Assistiva”, concluiu Antúlio. Participaram do teste alunos de graduação que possuíam uma variedade de necessidades, tais como visuais, auditivas, motoras e de atenção.

As expectativas em relação ao projeto são de utilizar a experiência acumulada com os testes para desenvolver uma versão mais otimizada e ampliada do método, que poderá ser utilizado como um guia para ajudar na elaboração de ambientes multimodais assistivos.

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