O Centro de Informática (CIn) da UFPE venceu as duas categorias da Maratona de Programação Hacker Cidadão 2018, promovida pela Empresa Municipal de Informática da Prefeitura do Recife – Emprel durante o Festival Rec’n’Play. Durante a competição, os participantes deveriam propor soluções inovadoras envolvendo os temas “Cidade e Cidadãos conectados” e “Centro de referência Clarice Lispector (CRCL) – Um equipamento de enfrentamento à violência”.
Na categoria “Cidade e Cidadãos conectados”, a solução vencedora foi o Faciliti, aplicativo facilitador do canal entre a agência de empregos do recife e os cidadãos que estão em busca de oportunidades. Criado pelos alunos de Engenharia da Computação do CIn João Rafael Faria, Marco Aurélio Ferreira e Thiago Augusto dos Santos e pela aluna de Design da UFPE Anna Carolina Vieira, o Facilit conta com uma experiência de cadastro direto focalizado nas habilidades e experiências do usuário, onde ele passa a ser notificado diariamente quando uma nova oportunidade de emprego relacionada às suas qualidades é disponibilizada.
Segundo Thiago Augusto, o aplicativo também apresenta como inovação o fato de direcionar o usuário “para centros de qualificação gratuitos que ofertam especializações enquanto está na busca pelo seu próximo emprego”. Para o aluno, devido às dificuldades encontradas pelas pessoas desempregadas em relação a vagas de emprego e direcionamento de busca, a solução apresentada “impacta diretamente na vida dessas pessoas e traz uma oportunidade a mais no auxílio à próxima oportunidade de trabalho”.
Já no tema proposto pela Secretaria Municipal da Mulher, em que os competidores deveriam propor soluções para facilitar e modernizar o modo de relacionamento entre o Centro de Referência Clarice Lispector (CRCL) e as usuárias, a equipe do aplicativo Lili, também formada por alunos do CIn, foi a vencedora. De acordo com a aluna Ana Cláudia Lima, integrante da equipe, o Lili é um aplicativo iOS que funciona de forma parecida a um chatbot capaz de entender sinais de abuso em situações do cotidiano. Também fazem parte da equipe os estudantes André Neto, Bruna Oliveira, Emerson Ferreira e Lucca França.
Interpretando o contexto da conversa e a linguagem natural com o intuito de identificar no relato da usuária sinais de abuso doméstico, a solução premiada sugere opções de planos de ação e comportamentos para a segurança da vítima, que não precisa se identificar. O Lili possui uma linha de contato direta com o Centro de Referência Clarice Lispector (CRCL) e por isso, “em casos mais graves, caso a usuária queira, também é possível entrar em contato direto com uma profissional do Centro”, explica Ana Claúdia. Atualmente, o aplicativo, que utiliza o IBM Watson como plataforma para processar linguagem natural, está sendo desenvolvida para iOS. Em um futuro próximo, a equipe pensa em expandir a ferramenta para outras plataformas.
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