O Centro de Informática (CIn) da UFPE, considerado um dos maiores pólos universitários em tecnologia da América Latina e o quinto melhor curso de computação do país, completa 21 anos de prestígio, referência e importância nesta terça-feira (11). E para comemorar a nova idade na condição de Centro, o CIn lança hoje um redesign da sua tradicional marca: uma nova identidade visual, 21 anos após lançada a sua primeira versão.
Mas para falar da marca do CIn, é preciso resgatar um pouco da sua história. Em 1999, o então Departamento de Informática foi reconhecido pela UFPE como centro acadêmico. A primeira marca do CIn-UFPE foi pensada para refletir a inovação do momento em que o Centro se encontrava e quebrar paradigmas do que seria esperado como identidade visual de um espaço acadêmico da área tecnológica.
Desenvolvida por Maria Dulce Duarte, designer gráfica formada na UFPE, a antiga marca do CIn foi criada a partir de um conceito artístico mais livre e objetivava inspirar a noção de ter sido ‘desenhado à mão’. “Quando você pensa na área da tecnologia, você pensa na matemática e em todo um processo mais formal. Porém, percebi que a marca iria requerer um tema mais espontâneo. Então foi meio que uma brincadeira, peguei uma tipografia que tinha um jeito muito artístico como forma de quebrar essa dureza da matemática e da tecnologia na época”, afirma a designer.
Ao longo dos anos do Centro, a sua identidade visual foi abraçada pela comunidade acadêmica e imbuída de significados que representam os sentimentos de pertencimento e apego experienciado por docentes, alunos, técnicos e funcionários que possuem trajetória pelo CIn. “Desde sua criação, a marca continuou a mesma e isso se deve à grande aceitação da identidade no Centro. A paixão [pela marca] foi tão grande que não consegui nem fazer ajustes ou mudanças posteriores”, revela Dulce.
O aspecto de inovação, agilidade e arte da identidade visual sempre foram transmitidos através das cores características de bordô, cor oficial da UFPE, e cinza, que adicionava um ar de seriedade ao ícone. João Vitor Montenegro, designer responsável pela redesenho, explica que uma identidade visual não deve representar uma instituição em apenas um momento de sua história. “Ela [a marca] deve ser sempre viva, se transformando junto à instituição que representa. Assim, percebemos um certo anseio da comunidade do CIn-UFPE por uma modernização, e foi considerando essa necessidade que iniciamos o processo de redesign da identidade visual do CIn”, conta.
Como não poderia deixar de ser, esse processo foi um fruto de um amplo debate por parte da Assessoria de Comunicação e com a diretoria do Centro. “Atualizar uma marca tão bem estabelecida não é tarefa fácil, foi preciso uma série de estudos e conversas para chegarmos a uma opção que conciliasse todo afeto que o logotipo anterior continha, com a necessidade de revitalizar seu visual. Assim, atualizamos o desenho do tão icônico “i” da marca, mas buscamos preservar seu caráter curvilíneo e dinâmico. O mesmo processo de preservação/atualização foi realizado com os outros elementos da identidade visual como cores e tipografia. Acredito que essa atualização não poderia chegar em um momento mais oportuno para o Centro, afinal, não é toda instituição que consegue completar mais de duas décadas de história e ainda se manter renovada a cada dia”, esclarece e finaliza João.
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